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Mirassol ensina clubes de porte médio o segredo do sucesso

Por ARIOVALDO IZAC

Campinas, SP, 10 (AFI) – A questão está colocada: como um clube de porte médio, como o Mirassol, encara o Palmeiras de peito aberto para se impor e vencê-lo por 2 a 1, como ocorreu no domingo passado?

Como esse Mirassol, sem contar com um atleta estrangeiro sequer, consegue se ‘ombrear’ aos chamados grandes clubes e assim ocupar à quarta colocação do Brasileirão, com 59 pontos e 16 vitórias ?

Resposta 1 – O Mirassol mantém uma base há cerca de três ou quatro anos, e de atletas qualificados.

PADRÃO TÁTICO

Resposta 2 – O clube mostrou que nem sempre é necessário buscar treinadores fora do País, para organizar um padrão tático moderno e ajustado.

Assim, com a devida compactação, a equipe se organiza sabiamente para se defender, naturalmente sem abdicar do ataque.

Se o futebol exige zagueiros com postura de jogo aéreo, percepção para o desarme e relativa velocidade, lá tem.

Se é obrigatório um clube dispor de laterais que saibam marcar, não cabe espaço àqueles sem força física para que a bola seja levada ao ataque.

E o Mirassol conta com laterais de perfil ofensivo, principalmente o canhoto Reinaldo, que tem habilidade e pega bem na bola.

Mirassol atropelou São Paulo, Palmeiras… (Foto: JP Pinheiro / Agência Mirassol)

NEGUEBA TEM VELOCIDADE

O Mirassol tempera um meio de campo de relativa pegada para o desarme, mas também cumpre o papel de organização.

Quem conta com atacante de beirada como Negueba, tem a certeza de colocar velocidade nos contra-ataques, além da obediência tática para recomposição defensiva.

RESPOSTA 3Rafael Guanaes, treinador do clube, da mesma forma que agita torcedores para o barulho, com a finalidade de jogarem juntos com a equipe, tem sabedoria para organizá-la.

CRIAÇÃO DE SAF

Por tudo isso, quando colocam na sua cabeça que a única saída para que o seu clube seja bem-sucedido no futebol é a criação de SAF, contra-argumente que o essencial continua contar com dirigentes que tenham afinidade com o futebol, ou seja: conhecer a ‘mortadela’, como dizem na linguagem popular.

Intrusos ao meio – como está nítido por aí – terceirizam decisões para executivos de futebol e empresários, com consequência de prejuízos financeiros e técnicos aos clubes.

Juninho Antunes (às esquerda), Paulinho e Edson Ermenegildo.
Foto: JP Pinheiro

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