Rio de Janeiro, RJ, 10 (AFI) – A possível venda dos naming rights do Maracanã ganhou um novo capítulo. O Governo do Estado do Rio de Janeiro autorizou, nesta semana, o início da análise técnica para negociar o nome do estádio, desejo antigo de Flamengo e Fluminense. Se aprovada, pode se tornar a maior transação deste tipo no país, com cifras que podem chegar a R$ 70 milhões por ano.
Os estudos serão realizados pela secretaria da Casa Civil, que vai avaliar a legislação de licitações, o edital de concessão e o tombamento do estádio. O Maracanã, conhecido como o “antigo Maior do Mundo”, está sob concessão da dupla Fla-Flu desde 2024 por 20 anos, com o Flamengo detendo 65% do consórcio e o Fluminense, 35%.
NAMING RIGHTS NO MARACANÃ
Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), “é possível adquirir o direito de exploração do nome do Maracanã”, mas qualquer mudança na fachada depende de solicitação e aprovação prévia do órgão, conforme o Decreto-Lei nº 25/1937.
Mesmo com a venda, o nome oficial segue sendo Estádio Jornalista Mário Filho.
No início, o plano de negócios dos clubes não previa a exploração comercial do nome, mas este ano a dupla partiu para tentar fechar acordo.
Antes, a expectativa era de R$ 40 milhões anuais, mas, agora, a projeção é de um contrato de R$ 70 milhões por temporada, segundo estimativas recentes.
GOVERNO DO RIO E IPHAN
Dentro do governo, há opiniões divergentes. Enquanto alguns defendem a venda apenas de setores do estádio, o governador já declarou ver “ceticismo e dificuldade” para alterar o nome principal. A expectativa é que o aval para seguir com a negociação saia nos próximos dias, possivelmente antes do fim de outubro, mas ainda sem prazo definido.
O processo desperta atenção nos bastidores do Brasileirão e pode mudar o cenário de negócios envolvendo grandes arenas esportivas no país.
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